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LASAN realiza pesquisas para melhorar o diagnóstico da leishmaniose canina

LASAN realiza pesquisas para melhorar o diagnóstico da leishmaniose canina

30/11/2015 11:18

A Leishmaniose Visceral, ou calazar, é uma doença crônica que atinge cachorros e seres humanos e vem se expandindo para áreas urbanas de médio e grande porte. Com o objetivo de melhorar o diagnóstico da doença, o Laboratório de Doenças Infecciosas, Parasitárias Microbiologia e Reprodução - LASAN, do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) está realizando o curso "Desenvolvimento de sistema rápido, sensíveis e específicos para o diagnóstico de leishmaniose visceral canina".

Prof.ª Dr.ª Maria do Socorro Pires e Cruz

Para a Prof.ª Dr.ª Maria do Socorro Pires e Cruz, Coordenadora do Curso, as pesquisas têm como propósito melhorar o diagnóstico dos cães portadores da leishmaniose e fazer uma intervenção capaz de ter impacto na redução da transmissão para as pessoas. "Esse curso é oriundo de um projeto aprovado pelo CNPq, e envolve quatro regiões do Brasil: Piaui, Maranhão, Santa Catarina, e Mato Grosso do Sul. Cada região vai utilizar suas próprias amostras coletadas de cães e testar essas proteínas que estamos apostando para melhorar o diagnóstico, que até hoje é um problema grave no Brasil. E aqui no Piauí, uma área endêmica, é muito importante, pois muitas pessoas falecem por conta dessa doença.

A professora ressalta a importância das pesquisas para a redução de diagnósticos precipitados. "Não queremos falhas no diagnóstico, por isso, quanto mais cedo forem feitos, inclusive para evitar os falsos positivos, melhor. Assim, reduzimos o número de sacrifícios e eutanásias de cães que não estão doentes, pois queremos que as pessoas mantenham seus animais saudáveis".

Professor da Universidade de Madri e Coordenador do curso, Manuel Loto

Segundo o Professor da Universidade de Madri, Manuel Loto, e Coordenador do projeto, a ideia é valorar a capacidade das proteínas para melhorar o diagnóstico da leishmaniose, tornando-o mais sensível e mais específico que o atual. "Precisamos aumentar a sensibilidade e a capacidade de reconhecer o soro infectado e o não infectado, para melhoria da especificidade. Para isso, iremos testar os soros que foram trazidos de quatros locais do Brasil e encontrar proteínas recombinantes feitas na Espanha".

O curso "Desenvolvimento de sistema rápido, sensíveis e específicos para o diagnóstico de leishmaniose visceral canina" pretende tornar o diagnóstico da leishmaniose mais eficiente

Para Manuel, o projeto está na fase de pesquisa, mas o objetivo é sua futura aplicação. "Estamos buscando as ferramentas para melhorar, a ideia é fazer um diagnóstico rápido e testar o número adequado de soros para verificar a potencialidade das proteínas".

Professor da Universidade de Santa Catarina, Mario Steindel

Mario Steindel, Professor da Universidade de Santa Catarina, que também participa do projeto, conta que existem vários problemas em relação ao diagnóstico atual e que por isso torna-se necessário um capaz de evitar que animais não infecctados sejam sacrificados e os que estão infecctados sejam diagnosticados corretamente. "A colaboração com várias universidades visa testar diferentes antigenos de leishmaniose, e o objetivo é que o grupo que trabalha nesse projeto use o mesmo antígeno e a mesma metodologia para que possamos comparar o resultados", afirma.

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