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Doutorado em Ciência Animal ainda repercute na UFPI

05/10/2005 09:16

A atual administração da Universidade Federal do Piauí (UFPI) adotou como um de seus objetivos primários o fortalecimento da pesquisa e da pós-graduação de qualidade na certeza de que o incremento dessas áreas traria, colateralmente, um ganho na melhoria do ensino de graduação e, necessariamente, o fortalecimento da extensão universitária. Destarte, vem trilhando o caminho da sistematização e socialização do conhecimento filosófico, científico, artístico e tecnológico permanentemente adequado ao saber contemporâneo e à realidade social.

Passou-se a perseguir, obstinadamente, as metas estabelecidas e, aos poucos, com muito trabalho, os frutos começam a ser colhidos. Os nove meses de 2005 presenciaram alguns avanços que, se fossem colocados como previsões, seriam classificadas como muito otimistas, quiçá utópicas. As notícias do início do ano já prenunciavam um ano promissor: pela primeira vez a UFPI tinha sido contemplada com três bolsas para recém-doutores para o fortalecimento de três programas de pós-graduação em edital PRODOC/CAPES. Dessa forma, os mestrados de Agronomia, Educação e Letras passaram a contar com o incremento desses jovens pesquisadores por um período de dois a quatro anos. Mal se sossegou essa notícia, uma outra vinha sacudir os ânimos da comunidade ufpiana: a mesma CAPES aprovara um único doutorado interinstitucional para todo o Brasil e este era uma proposição da UFPI junto com a UNICAMP, na área de Ciência da Saúde.

Outras notícias encorajadoras se sucederam: aprovação de projeto de financiamento para melhoria da infra-estrutura de laboratórios nas áreas de agrárias, ciências básicas e humanas (CT-INFRA/FINEP); aumento no número de bolsas de iniciação científica (PIBIC) pelo CNPq e conseqüente aumento das mesmas bolsas oferecidas pela UFPI; aumento de 27% no número de grupos de pesquisas certificados no CNPq; incremento de 20% nos financiamentos de projetos de pesquisas; aprovação pela CAPES do doutorado interinstitucional em Agronomia (junto com a UNESP - Jaboticabal).

Existem também ganhos administrativos de altíssimo impacto na qualidade da pós-graduação da UFPI, cite-se, por exemplo, o trabalho hercúleo desenvolvido pela Coordenadoria Geral de Pós-Graduação, que cadastrou no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) todos os cursos de pós-graduação lato sensu em funcionamento. Isto garante a esses cursos, oferecidos pela UFPI, a chancela do órgão máximo de gerenciamento no Brasil dos dados de informação e estatísticas educacionais.

 Além dessas conquistas já substanciosas para um ano que mal passou de sua metade, existem outras tantas atividades em desenvolvimento que, por certo, trarão muita alegria para a comunidade piauiense. Neste exato momento em que se escreve este texto, uma equipe trata da atualização da demanda de pós-graduação da UFPI, na modalidade ?turma temporária fora de sede? e envio à coordenação do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação da Região Nordeste (FOPROP-NE), que intercederá junto a CAPES pela posterior aprovação de oito novas propostas preliminares de doutorados interinstitucionais (DINTER) e três de mestrados interinstitucionais (MINTER), em diversas áreas do conhecimento, para a qualificação do pessoal docente da UFPI que ainda não tem o nível máximo de pós-graduação. Além disso, a Universidade trabalha em dois outros flancos, visando à capacitação dos professores da instituição, mas também da população em geral. Existe em curso um projeto ambicioso dentro da Rede Nordeste de Biotecnologia do Nordeste (RENORBIO). Este projeto é, na realidade, uma proposta de um curso de doutorado em rede, aglutinando diversos estados do nordeste, na área de Biotecnologia. A UFPI participa desse projeto com uma força de trabalho de 20 professores doutores. O primeiro edital para seleção dos alunos para esse curso oferecerá,  nada menos do que 100 vagas e igual número nos anos subseqüentes. Outra possibilidade para capacitação surgirá com a aprovação do projeto de doutorado em rede, envolvendo, também, diversos estados do nordeste e o DAAD alemão (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico) na área de meio ambiente, dentro da rede PRODEMA.

 O esforço que vem se fazendo dentro da UFPI para a melhor qualificação de seu pessoal docente, incremento da pesquisa e pós-graduação com qualidade, difusão dos conhecimentos alcançados graças às pesquisas, transmissão da qualidade alcançada para o ensino de graduação, é o projeto de gestão da atual administração da UFPI. Isso tudo é feito pela crença de que essa é a saída para a melhoria da instituição e das populações da região, mas também uma estratégia para os enfrentamentos que teremos no mundo globalizado, em que a qualidade não é conferida em termos locais, mas globais. A UFPI precisa se equipar para competir com as outras instituições de ensino superior do Nordeste e do Brasil. Nesse mundo da velocidade e competitividade, as verbas não vêm mais pela cota federativa, como no passado, mas são distribuídas em função da qualidade das propostas, projetos apresentados e produção de conhecimento. É nesse mundo que a UFPI está se inserindo.

 Há um ano, aproximadamente, o MEC reacendia a discussão em torno do Anteprojeto da Reforma Universitária. A proposta traz vantagens óbvias, como maior autonomia gerencial para as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), mas, em contrapartida, anuncia tempos difíceis para as que não se prepararem para o novo modelo. Propõe, por exemplo, que as universidades que não tiverem, pelo menos, três cursos de mestrado e um curso de doutorado, perderão o status de Universidade e passarão a ser ?centros de ensino?. O prejuízo para quem não se enquadrar à nova fórmula é considerável. Como ?centro de ensino? a preocupação com pesquisa seria diluída, a instituição deveria se preocupar, mais, com o ensino de graduação. É em situações como essa que se percebe a agudeza do projeto de gestão do atual reitor da UFPI.

A preocupação e a determinação do Magnífico Reitor se justificavam. Temos nove programas de pós-graduação em nível de mestrado já instalados. Neste mister estávamos confortáveis, mas nos faltava um doutorado. Após muita dedicação e trabalho, a partir da laboriosa equipe que elaborou o projeto e das inúmeras investidas do reitor em Brasília, em 19 de setembro de 2005, a CAPES anuncia a aprovação do projeto de doutorado em Ciência Animal submetido pela UFPI. Ainda em 2005 teremos a seleção para a primeira turma do primeiro doutorado institucional da Universidade Federal do Piauí. O fato é de extrema relevância para as comunidades e afasta de vez qualquer chance de a UFPI vir a perder o status de Universidade. Somos e seremos, sempre, a Universidade Federal do Piauí.  
    

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